À primeira vista parece estranha a analogia entre o FRANKSTEIN e uma obra. Mas se refletirmos um pouco, veremos que a uma obra mal planejada pode ter muito em comum com um grande FRANKSTEIN .
Quem nunca conheceu um caso em que viu um amigo traumatizado após fazer uma obra e que provavelmente nunca mais faria nenhuma outra reforma… Vamos ilustrar aqui uma situação.
Um amiga sua viu algumas reformas lindas que alguns amigos seus haviam feito e ficou extremamente empolgada, maravilhada com o resultado. Comprou revistas de design e encontrou nelas ambiente incríveis, do jeito que ela sempre sonhou. A sua amiga, com extremo bom gosto, elaborou alguns desenhos e enquanto os fazia, teve uma certa dificuldade na distribuição do espaço e dimensões corretas e pensou: “contratar um arquiteto ficaria muito caro. Vou chamar uma pessoa para passar alguns desenhos para mim e tenho o contato daquele mestre de obras que o meu amigo me passou”.
A pessoa elaborou alguns desenhos que ela havia pedido, mas antes que ele os tivesse terminado, decidiu começar a obra, pois estava com muita pressa. Afinal, o que podia dar errado?
A obra começou e de repente, visualizou que as coisas pareciam um pouco estranhas, as medidas, circulações, não eram ideais, os revestimentos estavam tortos, as alterações na obra eram constantes e a quantidade de materiais estava muito aquém do imaginado. Os pedreiros faziam tudo no improviso e eram extremamente descompromissados.
O tempo passou e a obra ainda não estava pronta e a sua amiga teve que gastar mais dinheiro, pois de última hora descobriu que haviam quebrado uma parede que não podia ser quebrada e precisou fazer mais alterações. Neste momento, percebeu que os revestimentos estavam indisponíveis no mercado e teve que comprar outros parecidos. Após muita dificuldade, a obra finalmente acabou e ela ficou frustrada com o resultado.
Parte 4: o FRANKSTEIN
Os ambientes ficaram desconexos e sem funcionalidade, os revestimentos não combinavam entre si, os móveis que ela havia comprado não couberam nos ambientes e alguns cômodos ficaram apertados e outros, grandes demais. Faltou uma série de tomadas, a iluminação estava inadequada e havia rachaduras por toda a parte. Observando tudo o que foi feito, ela percebeu que a obra dos seus sonhos havia se transformado em um verdadeiro FRANKSTEIN, ou seja, cada parte ficou com uma cara diferente, sem unidade, cheia de remendos.
Moral da história, gastou-se muito mais do que o esperado e a obra tornou-se uma grande frustração por falta de planejamento e até mesmo falta de conhecimento específico sobre o assunto. Antes de mais nada, é importante escolher um profissional qualificado para desenvolver o projeto, que será elaborado de acordo com as necessidades específicas e com o orçamento de cada pessoa. Além do projeto, o ideal seria também contratá-lo para gerenciar a obra. O acompanhamento da obra por um arquiteto influencia e muito no produto final e na economia global do processo, obtendo-se ambientes ou edificações mais bem acabados e com muito mais unidade.